Análise cultural e intercultural do livro "O Velho que Lia Romances de Amor"- Reflexão crítica sobre a leitura

23-12-2013 14:04

Análise cultural e intercultural do livro"O Velho que Lia Romances de Amor" de Luís Sepúlveda

Reflexão crítica sobre a leitura

 

       Este livro mostra ser bastante agradável e de grande riqueza porque, efetivamente, a forma como o autor escreve é de extrema pureza e de grande teor descritivo. Por vezes, parecia que me estava a imaginar no meio daquela natureza... É um livro deveras aliciante por ser dedicado a um amigo, Chico Mendes, morto numa emboscada por defender a floresta e os direitos das tribos amazónicas. O romance descreve a selva amazónica, tratando ainda, do conflito entre as tribos indígenas e o homem branco e o drama da aculturação. Designa-se por aculturação as mudanças que podem acontecer numa sociedade diante da sua fusão com elementos culturais externos. Nome que se dá ao grupo de fenómenos decorrentes do contato direto de pessoas de várias culturas, ou seja, o processo de aquisição através do contato dos elementos culturais de um grupo com uma cultura com elementos de um grupo de outra cultura. Pode ser também entendido como os processos pelos quais as pessoas aprendem os padrões de comportamento do seu grupo social.

       A abordagem da exploração da natureza e do roubo do que dela contém, a indiferença do homem quanto a isso, o racismo e a desigualdade aqui mencionada são questões abordadas neste livro.

      A história da vida de António José Bolívar tenta desenvolver valores que encaminham e aconselham o respeito pela natureza e pelas tribos indígenas no coração da selva.

       Gostei deste livro porque fala de um local ainda muito selvagem, a Amazónia, que põe em evidência a sua Natureza e as suas leis bem como, o respeito que esta deveria merecer por parte do Homem.

       A obra: "O velho que lia romances de amor" é uma grande experiência de vida, com descrições extraordinárias do meio envolvente, onde o autor faz referência e nos coloca na selva desprovidos de quaisquer preconceitos, daquele sítio, daquela floresta, da vida dos Xuar, particularmente, na defesa da floresta e de todos os animais.

 

Sandra Dias